Sinto-me
Ontem sentia-me estranho. Hoje mais ainda.
Planos de fim de semana por água abaixo. Correu tudo ao contrário do que estava à espera. Não fui à praia. Não joguei consola com o meu sobrinho. Não vi nenhum filme. Nada.
Estive no pc, estudei, tive excelentes conversas com amigos.
Mas estive longe de quem queria estar perto. Nada que não tenha acontecido noutros fins de semana. Mas este custou mais. A verdade é que esse alguém, torna-se cada vez mais parte de mim. Se no início a forma com não falava nele era perfeitamente natural, tal com outros anteriormente, agora não é assim. Custa deixar alguém que faz parte de nós, que nos acompanha no dia a dia, que come e dorme comigo, que faz parte de mim. Não é a distância física, essa é suportável. É o facto de eu ter de ser outro aqui. E não gosto.
É o facto da sua presença em mim ser tão forte, que faz doer. Dói por não poder partilhá-lo com a família, partilhar-ME, que faz com que eu aqui esteja incompleto, como nunca estive. É como deixar um braço para trás e ignorar que fiquei só com uma mão. Sinto a sua falta, a incapacidade que essa ausência me trás, o esforço permanente para ser o mesmo, como se tivesse as duas mãos. A família nota que algo está diferente, mas não sabem dizer o quê. Eu escondo, pois não quero que vejam que algo falta.
Sinto-me mal por me esconder, mesmo sabendo que, de momento, é a única escolha que tenho, pelo menos por enquanto...
Já tive fases bem piores. Muitos tiveram... Sei que não sou o único. Mas essas, são outras histórias.
Planos de fim de semana por água abaixo. Correu tudo ao contrário do que estava à espera. Não fui à praia. Não joguei consola com o meu sobrinho. Não vi nenhum filme. Nada.
Estive no pc, estudei, tive excelentes conversas com amigos.
Mas estive longe de quem queria estar perto. Nada que não tenha acontecido noutros fins de semana. Mas este custou mais. A verdade é que esse alguém, torna-se cada vez mais parte de mim. Se no início a forma com não falava nele era perfeitamente natural, tal com outros anteriormente, agora não é assim. Custa deixar alguém que faz parte de nós, que nos acompanha no dia a dia, que come e dorme comigo, que faz parte de mim. Não é a distância física, essa é suportável. É o facto de eu ter de ser outro aqui. E não gosto.
É o facto da sua presença em mim ser tão forte, que faz doer. Dói por não poder partilhá-lo com a família, partilhar-ME, que faz com que eu aqui esteja incompleto, como nunca estive. É como deixar um braço para trás e ignorar que fiquei só com uma mão. Sinto a sua falta, a incapacidade que essa ausência me trás, o esforço permanente para ser o mesmo, como se tivesse as duas mãos. A família nota que algo está diferente, mas não sabem dizer o quê. Eu escondo, pois não quero que vejam que algo falta.
Sinto-me mal por me esconder, mesmo sabendo que, de momento, é a única escolha que tenho, pelo menos por enquanto...
Já tive fases bem piores. Muitos tiveram... Sei que não sou o único. Mas essas, são outras histórias.
8 comentários:
Revi-me no teu post. Muito.
PS: a ausência "traz" incapacidade :p
Acredita que por vezes, mais vale escondido do que nao estar. Eu que o diga, enfim, coisas minhas.
Um abraço, para dar força!! E outro para dar ânimo! =)
O Teu, o Vosso Amor é lindo. Nada é fácil,... Não estejas triste, vive o Teu amor estampado no rosto mesmo se tens de o esconder dos teus familiares. Um grande, grande abraço.
Acalma-te, tudo pasará e chegaram tempos melhores...
Xuak
Fazes-me lembrar totalmente o homem que eu amo, pois tem que deixar de ser ele, muitas vezes, por não ser assumido, e eu, pelo meu lado sinto-me com vontade de gritar aos outros, a sua, a "nossa" verdade.
Abraço.
Não fiques assim! Tudo passa! Deixa que o tempo vai tratar disso tudo, à maneira dele. Depois... bem, depois terás daus hipóteses: ou aceitas o desfecho que ele determinar, ou lutas para o contrariar. mAS É O TEMPO, SÓ O TEMPO...
Aquele abraço!
Nenhum dia é igual ao anterior. A vantagem é que o passado esquece-se e o futuro é que importa.
O futuro a dois espera-te, pelo menos nem que seja daqui a pouco...
Por momentos li o post na primeira pessoa.
Comigo nem é o deixar de ser eu, é o nesses momentos e nesses contextos ser como se ele deixasse de existir.
Estar numa realidade onde a possibilidade dele existir nem sequer é ponderada.
Faz-me sentir desonesto e traidor.
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